Este primeiro post do blog é fruto de uma constatação do meu amigo, co-autor do blog. Ele me disse que esse caos no Japão vem, e muito, para o bem de uma pessoa: Muamar Kadafi.
É impressionante a capacidade da imprensa de nos guiar pelos assuntos como se fossemos simples passageiros desse mundinho e eles, piloto e co-piloto.
Acompanhamos durante semanas o que está acontecendo no Oriente Médio, como se fosse a principal crise da Idade Contemporânea, achei que era praticamente uma nova divisão de era.
Pense você, protestante líbio, com toda a imprensa internacional de olhos voltados para você, governantes de toda a União Européia do seu lado e o exemplo da Tunísia, em que tudo valeu a pena, o que você faria? Eu iria pra porrada, tirar esse camelo plastificado e fã de Dr. Rey do poder....
Aí é que vem a novidade... Um terremoto, uma onda, milhares de mortos e dois países acabados. Um pela força cruel da natureza e outro pelo esquecimento da imprensa.
Os holofotes, microfones e os governantes se voltam todos ao Japão, não que o que aconteceu não seja um fato marcante na história do mundo, mas a crueldade com que a imprensa "esquece" fatos importantes tem que ser observada. Hoje, manifestante líbio se sente como um ex BBB, só que ao invés de voltar para a sua vidinha sem importância, vai morrer porque desafiou a ditadura e o poder. Aquele cara que foi "pra porrada" agora reza por um emprego de técnico nuclear em uma usina do Japão.
Sinhozinho Kadafi, como dizemos, "tá tocando o pau" na Líbia, e sem ninguém para encher o saco! Hoje, 15/03, aprendi no Jornal Nacional tudo sobre terremotos, placas tectônicas, radioatividade e os efeitos da radioatividade em seres humanos... E nada a mais sobre a Líbia. Eu, se líbio, chegaria a ter inveja do Japão. Eu, como brasileiro, preferiria ser japonês à líbio... Antes de me criticar, pense bem: Um japonês após a tragédia em que perdeu tudo, vivendo na 3ª maior economia do mundo. Um líbio protestante, com a 62º maior economia, sem liberdade, ser perspectiva e com um ditador maluco te bombardeando. Aliás, a Líbia me lembra muito o Maranhão, só faltam as bombas, mas isso é assunto para outro dia.
Então você, que está preocupado somente com o Japão, perceba que as mortes e crueldades na Líbia podem ser iguais ou até maiores... e sem a ação da natureza. Viva a liberdade (de manipulação) da imprensa...
2 contra o mundo!
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