Não
é nada inesperada a cruzada de Janaína Paschoal contra o Padre Júlio Lancellotti.
Também não é inédita esta nova frente que os combatentes do impeachment estão
montando contra o padre que ousa dar comida para moradores de rua. Arthur Mamãe
Falei, candidato do MBL à prefeitura de SP, iniciou campanhas contra o padre e
suas doações em tentativa de alavancar sua candidatura em 2020. Deu até que
certo, uma vez que sua campanha debiloide alcançou o surpreendente valor de 10%
do votos na maior cidade do país.
Não
é de agora que o Brasil de Janaina se incomoda com o país de padre Júlio. Não é
à toa que o Brasil de Janaína acha que o pior momento da história do país foram
os anos 2000, momento em que o Brasil conseguiu sair do mapa da fome. Não é à
toa que o grupo político que liderou este processo é odiado pelo Brasil de
Janaína. Eles até podem fingir que se incomodavam por causa da corrupção, mas é
balela. O incômodo sempre foi outro.
O
Brasil de Janaína não se preocupa com pessoas, mas sim com lugares. Está
preocupado com a “valorização” dos imóveis e a existência daquelas pessoas atrapalha.
Todo o argumento do Brasil de Janaína é que é necessário tirar aquelas pessoas
da Cracolândia. Para ela, é assim que o problema será resolvido. O sumiço das
pessoas. Em 2017, o então prefeito recém-empossado de SP, João Doria Jr., aliado
de Janaína, liderou uma ação que tocou o terror na Cracolândia. Bomba e tiro
para todo lado. Doria anunciou no mesmo dia que a “Cracolândia havia acabado”.
Não acabou. Aumentou. Se espalhou. E aumentou porque a vida é uma merda. O país
está uma merda. O crack é um sintoma. Assim como o álcool, os antidepressivos e
todo tipo de droga lícita ou ilícita. É necessário ter alguma sensibilidade
para notar isto. É necessário saber que o problema a ser solucionado na
Cracolândia é o das pessoas e não o do lugar. É preciso ainda mais
sensibilidade para saber que a solução para estas pessoas requer paciência,
tempo e entendimento. Que a solução é coletiva. Esta sensibilidade não existe
no Brasil de Janaína.
O
Brasil de Janaína usa todo tipo de argumento fajuto para atacar o Brasil de Júlio.
Algumas vezes o acusam de populismo, palavra que eles usam para reclamar quando
alguém é humano demais. Se dar comida para miserável é populismo, viva o
populismo. O Bolsa-Família era populista. O auxilio emergencial era populista.
Defender direito trabalhista é populismo. Aparentemente o que não é populista é
morrer de fome. Sejamos populistas, ora! Outras vezes o acusam de explorador.
Explorador da miséria. Janaína, a advogada medíocre que se tornou a deputada
estadual mais votada da história. Mamãe Falei, o youtuber fomentador do ódio
que se tornou colega de Janaína na Assembleia Paulista. João Doria Jr., o
apresentador fracassado que se tornou prefeito e governador prometendo pagar
advogado para policial que matasse em serviço. Todos eles acusam ou acusaram
Padre Júlio em algum momento de explorar a miséria ao distribuir comida para
famintos. Janaína, Mamãe Falei e Doria são os verdadeiros exploradores da
miséria. Da miséria de humanidade. Estavam juntos na mentira de 2016. Estavam juntos
no horror de 2018. Partilham a mesma visão de mundo.
O
que mais incomoda o Brasil de Janaína é que eles achavam que a guerra estava
ganha em 2018. Eles haviam em 2015 e 2016 obtido muito sucesso no processo de
destruição do Brasil de Luiz, que de certa forma parecia com o conceito de país
de Júlio. Mas o Brasil de Júlio recusa à rendição. Não importa o que eles
façam, Júlio estará sempre lá. Como estará Luiz. O Brasil dos anos 2000 está
vivo. Nos jovens que se tornaram os primeiros da família a obterem diploma de
curso superior. Nos milhões que saíram da miséria. Nos cursinhos populares, nas
associações de bairro, nos movimentos sociais. Naqueles que sabem que é possível.
Que mesmo olhando para esta merda toda sabem que é possível.
O
Brasil de Janaína é incapaz de construir. Só sabe demolir. Ver alguém como
Júlio incomoda porque ele é a mostra que outro jeito de viver é possível. Assim
como Luiz. A lembrança que não se apaga. Enquanto critica o padre que alimenta
famintos, Janaína se agarra a seu Jesus de madeira. Se o Jesus de Janaína é o
Jesus imóvel, o Jesus de Júlio é o Jesus do dia a dia. O Jesus que acolhe e
reparte o pão. O Brasil de Júlio escancara a mediocridade do Brasil de Janaína.
E isto ela não tolera. O Brasil de Janaína tolera um genocídio. Tolera o racismo,
a homofobia, o machismo. Tolera a tortura. Tolera a violência contra os mais
fracos. Tolera o intolerável. Só não tolera “pedalada fiscal”. E o pão
repartido. Janaína conduziu o país ao abismo. Não percebe isto porque não
considera isto que vivemos agora o abismo. Este é seu paraíso tosco. Júlio é
seu obstáculo. Viva Júlio.
Ajude
o trabalho da Paróquia de São Miguel Arcanjo (Padre Júlio Lancellotti).
Banco
Bradesco| Ag: 0299
Cc:
034857-0 |
Cnpj:
63.089.825/0097-96
Chave
Pix: 63.089.825/0097-96
Nenhum comentário:
Postar um comentário