quarta-feira, 23 de abril de 2014

DITADURA NAZISTA DA MINORIA BURRA


 
O Tribunal Superior Eleitoral criou neste ano de eleições a campanha #vempraurna que, entre outros públicos, é endereçada às mulheres no nosso país.
Como de costume, primeiro me explico e depois desço a lenha. São louváveis os esforços para aumentar a participação feminina na política com o objetivo de corrigir erros históricos e machistas. As mulheres entraram na política somente em 1932 e além das ditaduras – como todos os brasileiros – tiveram que enfrentar aquele certo ar machista que não as deixava conquistar cargos importantes, quanto mais a maioria no Congresso Nacional.

Não vou ficar descrevendo a propaganda. Assista abaixo, reflita, tire conclusões e veja as minhas.
PROPAGANDA - TSE

Essa propaganda é absurdamente antidemocrática. O Congresso Nacional ajudou a corrigir erros históricos quando obrigou que os partidos políticos preenchessem suas chapas com no mínimo de 30% e no máximo de 70% de candidatos de cada sexo (Lei 9504/97). Essa lei, apesar de não citar especificamente a mulher, foi criada para que os partidos fossem obrigados a ter ao menos 30% delas em seus quadros.

Segundo a propaganda, as mulheres são maioria da população e têm maior escolaridade. Se a participação feminina no Congresso é de apenas 9% onde está o problema, segundo o TSE? Claro, mulheres não estão votando nas mulheres!!! #vempraurna... “Até quando vamos deixar que eles falem por nós?”.

Apenas 9% de mulheres no Congresso não reflete machismo, reflete a democracia. Como pode existir machismo em um país que reserva cotas para as mulheres, tem o número de candidatas suficientes para preencher todos os cargos políticos, um país em que as mulheres são maioria e têm mais escolaridade? Estamos vivendo, então, o domínio da minoria burra?
Hoje não existe espaço para machismo na política. O voto é obrigatório, secreto e todas as mulheres votam. Nenhuma mulher brasileira tem necessidade ou obrigatoriedade de votar em homem. Naquele pequeno espaço, de frente com a urna, todos são iguais e fazem a sua escolha sem que ninguém possa ou precise saber.

Por que guerra dos sexos se somos todos brasileiros com as mesmas necessidades? O Brasil é um país relativamente novo, em constante evolução e a política é como economia de mercado: com o tempo as coisas se ajeitam sozinhas. Claro que a participação feminina crescerá, mas pela democracia e não pela guerra dos sexos ou qualquer interesse político subjetivo. Eu acredito, em boa parte, no TSE e justamente por isso não quero nem pensar que essa campanha tem finalidade indireta de apoiar uma candidata à presidência. Afinal, se as mulheres quiserem, Dilminha é reeleita no primeiro turno.
Corrigir erros históricos é diferente de levantar uma bandeira para que “brotem” mais mulheres no Congresso. A correção necessária já foi feita, agora deixem que homens e mulheres façam suas escolhas e assistam em paz a maravilha que é o processo democrático.

Um comentário:

  1. Meu amigo, a campanha é pra incentivar as mulheres a participarem da politica, vc querendo ou nao existe muito preconceito e machismo em todos os setores, inclusive na politica, resolver 500 anos de machismo nao é facil

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